domingo, 6 de julho de 2014

Buraco noturno

Entre ruas perdidas, no sereno gelado, entre goles e mesas, meia luz, meio fio, meias verdades... quem é você agora? A realidade nua, suada, intensa ou fruto da imaginação? Quais os disfarces e alardes, qual o seu número de telefone, o timbre da sua voz, quem é você ou eu que nem me lembro mais.

A noite cai bêbada em algum colo, brindando estes sorrisos tão frios e distantes quanto a mente entorpecida que os observa. São tantas guerras particulares, pequenas batalhas internas, que descansam banhadas pelo brilho da lua num quarto que não é o seu. E é vazio, frio, como o buraco que descubro no meu peito.

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