domingo, 20 de abril de 2014

Estupro criativo

E de repente paro de criar. Escrever, desenhar, procrastinar ao meu modo, para dar sentido a alguma ideia ou sentimento que é meu e não merece ser apenas uma mímese de mim mesma, perambulando por aí. Um assalto de mãos vazias, de cabeça vazia, um estupro da minha criatividade. Me recuso! Me recuso! Me recuso! Começo a pensar em alternativas, como espaços, métodos, horários, possibilidades para me render a tudo aquilo que se debate entre as paredes do meu crânio ou da minha ignorância. Só dependo de mim mesma, fato, admito, num mundo e uma realidade onde não há a aceitação ou respeito pela vida DA arte e PELA arte - que necessita e implora por tempo, espaço e estados de espírito para nascer. Criar é um ato solitário, so-li-tá-ri-o, e pequenas coisas já podem ser capazes de destruir completamente o processo quem nem teve chance de começar. E que ninguém se engane, não há nada que me deixe com mais raiva. Alucinada! Me matem por algo que vá me satisfazer, mas não tentem podar meus sonhos!

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